domingo, 12 de maio de 2013

Mãe que me abraça.

 
Das plenas lembranças que tenho da minha infância, a mais vigorosa e alegre é do abraço de mainha. Sem duvida não consigo lembrar do primeiro aconchego, mas imagino que foi no primeiro instante em que a gente se viu. Abraço que me cerca nos momentos mais alegres, tristes e sublimes, calmos, turbulentos e suaves da minha vida.
Posso sentir nos seus abraços o consolo para que eu não chore, multiplicando seus braços em centenas de abraços que têm a capacidade de me acalentar, amar e fazer sorrir numa medida de disfarces que só uma mãe tem.
Com sua aptidão engana as dificuldades e abre mão dos seus planos para que se realizem os meus. Seu sobrenome devia ser AMOR; pois ele está em todos os momentos da sua doação.
Mãe que cuida, que embala, que alimenta, que perde o seu sono para me esperar. Mãe, minha linda mãe que me abraça. EU TE AMO!
 
By Anne Alves

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Monólogo do caderno


 
Enfim, perdi o meu carinho por você!

Hoje me dei conta das tantas vezes em que me magoei com as suas rabiscadas em meus manuscritos. Preencheu-me com muitos verbos, mas me borrou com muita força também. Procurei no seu estojo as atitudes de amor e verdadeira parceria e não as encontrei.

Achei algumas folhinhas perfumadas com meia dúzia de palavras bonitas, ma as rochas preciosas que um dia imaginei decorar minha contra capa não estavam lá, nunca estiveram, não as ganhei.

Então percebi que no fundo mesmo, bem lá no limite da página não existe lealdade, nem verdade, nem raízes.

Contudo, embora embriagada de todas as certezas, só lamento o carinho que perdeu, pois este não se tornou imortal, nem infinito, apenas durou o tempo que a tua ação matou.
 
By Anne Alves