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Hoje estive pensando... E calada no meu
canto, ouvindo a minha própria voz e entrelaçada aos meus sentimentos modestos,
fui me sentindo boba, meio tola; isso por conta da entrega insana que costumo
dar as pessoas que me cercam, acho que esse é o ônus da verdade inteira, da
confiança sem medida.
Talvez isso soe triste, mas tenho pensado
que entregar-se sem reservas é uma estupidez, fico atrapalhada e bagunçada
nesses adágios sobre a minha relação com o outro e penso: “Deve mesmo ser tudo uma grande parvoíce!”.
Deve ser porque estou deixando de acreditar
nas pessoas, afinal de contas, até onde elas se mostrarão abstratas? Será que a
entrega tem sido solitária e só agora estou me dando conta?
Pensava e me questionava... E se eu não me
importasse tanto? E se eu me valorizasse mais? E se eu não levasse tanto a
sério? E se eu me calasse? E se amanhã não for nada disso?
E se... E se... E se...
Não sei! Só tenho pena do tempo entregue,
da veracidade extremamente doada, da visão cheia de luminosidade tentando
apalpar um contato fiel.
Tenho pesar pela presença que talvez se
transforme em ausência, cansei de ficar com o olhar pidão na direção
de quem finge não me ver.
Assim, por ora, ficarei na minha chuva, vou
me molhar um pouco, para quando meu sol sair ou se esconder, porque amanhã pode
ainda estar nublado, descobrir o que ainda sobrou de todas essas experiências, então decidirei
se regressarei com reservas ou sem elas.
By Anne Alves
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